sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Eles não aprendem - e assim, não poderão jamais ensinar...

É chegada aquela época odiável do ano, em que legitima-se todo tipo de excesso por conta do carnaval.

De hoje até a quarta de cinzas, pode-se beber além da conta, pular sem senso do ridículo, tirar a roupa de todas as formas, exibir o corpo na tv, no sambódromo, no baile (que vai estar na tv, pra qualquer criança ver e perguntar pros pais depois como um homem pode ter peitos e parecer mulher...), pode-se ser promíscuo à vontade, drogar-se à vontade, transar-se à vontade, enfim, pode-se tudo, pois é carnaval.

Só não pode-se mostrar judeus mortos e Hitler na avenida.

A "justiça" vetou carro alegórico da Viradouro sobre o Holocausto, que mostrava corpos empilhados e teria um Hitler como destaque. Não sei e nem quero saber o contexto disso dentro do desfile, pois nem vem ao caso.

Como assim a justiça vetou?

Vetou porque foi um pedido da Federação Israelita do Estado do Rio de Janeiro. Aquele monte de judeus ricos pra caralho se que reúnem na mansão ali do Alto Leblon pra tratar de assuntos importantes como esse e fazer festinhas com putas - não-judias, claro.

A Viradouro soltou nota afirmando que o carro tinha o objetivo de "lembrar que o extermínio pode ser a conseqüência do preconceito, da intolerância, do desrespeito à diversidade".

Enquanto isso, um tal Sérgio Niskier, presidente da tal Fierj, afirmou ao Globo que "saber que haveria um Hitler no desfile não foi a gota d'água, pois meu copo estava vazio. Foi uma verdadeira tempestade".

Puta que o pariu, que imbecil.

Maior que o absurdo da CENSURA, neste caso, é o absurdo da ignorância.

Inteligente foi a declaração do carnavalesco da escola: "É uma clara manifestação de preconceito. Eles não nos vêem como uma manifestação artística e cultural. Para eles, carnaval é batuque e bunda de fora. Se fosse numa ópera, numa música ou numa pintura, poderia."

Pois é.

Por conta de atitudes como a dos "nossos" judeus, uma pesquisa feita no fim do ano passado, na Alemanha, revelou que sessenta por cento dos jovens - SESSENTA POR CENTO! - desconhecem que houve ditadura no país.

E cada vez mais gente nesse mundo desconhece o que foi realmente o Holocausto. E aí, passa a ver com bons olhos ditaduras como as de Cuba e da Venezuela, absurdos como os do Tibet e do Haití...

Enquanto isso, o carnaval deve rolar solto no Alto Leblon nos próximos quatro dias de folia.